O dia seguinte não terminou
- jspjuridico
- 15 de mai. de 2020
- 1 min de leitura
O ano é 2020, cenário catastrófico. Pandemia. Hoje, segundo os dados oficiais, 12.484 pessoas mortas e 179 mil pessoas infectadas por coronavírus, com projeções de que a realidade é de 6 a 11 vezes tais cifras numéricas, mas cala-te boca, nos dizeres de uma Fraquejada que se diz Presidente.
Flagelo que explicita as entranhas racializadas da sociedade do mito da democracia racial. Questões históricas, estruturais e institucionais, antes relegadas a bandalha dos “mimimis” pugnam agora o protagonismo no aprofundamento da barbárie.
Nos disseram SEM terra, SEM intelecto, SEM história, SEM educação, SEM memória, contingente de vadios, bandidos, baderneiros, gentinha, gentalha, macacos, mulatos, exóticos, dóceis, quentes, fáceis, indesejáveis, macumbeiros, feiticeiros, nós os portadores da humanidade negociável.
A recomendação é simples: fique em casa!
Ficar em casa na cidade que reúne cerca de 40 mil pessoas em situação de rua; que têm um déficit habitacional de aproximadamente de 1 milhão de moradias – entre coabitação, adensamento, inadequação e ônus excessivo de aluguel – ; em que Direito à Cidade é coisa de pequeno burguês hipster, no linguajar da moda Faria Limers; em que saneamento, coleta de lixo, equipamentos públicos de educação, de cultura, de saúde, de segurança e de lazer são itens de luxo daqueles que podem consumir a cidade produzida por uma política urbana questionável, para ficar numa palavra.
Leia o artigo completo no Estadão, clicando aqui.
Comentários