'Nós, os (in)visíveis, estamos chegando', escrevem acadêmicas antirracistas
- jspjuridico
- 15 de set. de 2019
- 1 min de leitura
Estamos chegando! O que há tempos dizemos... mas sempre estivemos!? De que tempos falamos?
Irreversível, irrefreável e inegociável. Corpos ditos pretos, periféricos, marginais, abjetos reivindicam seu lugar na retomada de todos os bens por si construídos sob sangue e suor em terras brasílicas.
Nos convidam a sentar à mesa da casa grande, nós os povos das senzalas, vítimas do tráfico transatlântico, quiçá a maior tragédia da humanidade, vez que seus reflexos se perpetuam no tempo! Convite esse que denuncia a negociação do nosso pertencimento. Num país que crê no mito da democracia racial, na igualdade de gênero e na meritocracia. Chegamos, mas não nos reconhecemos em rostos brancos, velhos, cisnormativos e heterossexuais. Trejeitos e costumes que desqualificam e deslegitimam nossa forma de ser e existir no mundo. Saberes cooptados e ressignificados que não consideram nossos acúmulos ancestrais como ciência. A nós nos cabe nos utilizarmos de instrumentos capazes de dar conta da construção de um novo marco civilizatório. Isso significa dizer que grupos privilegiados deverão desocupar as cadeiras dos espaços de tomadas de decisão para que os mal-ditos assumam o protagonismo das narrativas sobre si, como já bradava uma certa malunga.
Leia o artigo completo no Brasil 247, clicando aqui.
Comentários